sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Navios


Praia clara de fina areia únida
Brancuras de luz da manhã,
Vítreas ondas virgens...
O calor sufoca-me
Ao lonje navios balancando
Parecem tão pequeninos.
Rizam velas mar afora,
Sobre a espuma das ondas.
Trilham destinos ignotos,
Em caminhos ignotos,
Sob o sol causticante.
Vão sumindo no horizonte
Cada vez mais pequenos
Cada vez mais longe...

Navios

Manhãs Tropicais


Todas as manhãs são iguais
Coloridas de azul e ouro
As flores balancam lá e cá
Evidenciando o vento puro.
As ondas chegam a margem
Vítreas, já chegam sem força,
E rolam sobre a fina areia,
Clarificada e túnida.
Os coqueiros altos florescem,
E lá de cima nos avistam,
Deixam-nos pequeninos...
Com vontade de ser igual a eles.
As cintilações do ouro
Bronzeiam-me o corpo.
A viscosidade do azul
Me reflete os pensamentos.
Ambos me lembram as manhãs
As manhãs de todos os dias,
As manhãs de ontem, as de hoje
As do futuro...
A pureza do vento
Despetalando rosas.
As ondas virgens
Pairando à margem,
Os eternos recomecos
Dia após dia... sempre
Das manhãs tropicais.